O conto da mulher de Bath, de Geofrey Chaucer

Acadêmica: Kathylenn Leticia Ávila Costa.

O CONTO DA MULHER DE BATH, DE GEOFREY CHAUCER:
UMA MULHER ATÍPICA DA IDADE MEDIEVAL

O conto da mulher de Bath nos faz pensar como a mulher foi e é vista pela nação e nos faz questionar também a respeito dos valores morais da sociedade em relação às mulheres desde a época medieval até ao século XXI. Será que podemos afirmar que houve grandes mudanças ou ainda vivemos em um mundo preconceituoso que ainda acha que mulher tem que cuidar apenas dos afazeres domésticos e ser submissa ao homem? Para percebermos se ocorreu alguma mudança é necessário fazer uma análise do passado para que possamos assim, perceber se mudamos ou não. Ainda hoje é bem comum vermos questões similares às do conto e isso é muito interessante, pois podemos ler um texto do século XIV e descobrir o quanto atual ele ainda é.
Tudo que sabemos foi que a participação e o lugar da mulher na História foram menosprezados pelos historiadores durante muito tempo. Elas ficaram exclusas de um mundo dominado por homens. Eram os religiosos que elaboravam a maioria dos conceitos e ideias relacionadas ao mundo feminino. A maioria dos clérigos, por exemplo, as consideravam misteriosas e que eram dominadas pelos sentidos e os desejos da carne, o que lhes faziam serem grandes pecadoras. No início da Idade Média, a principal preocupação com as mulheres era mantê-las virgens e afastar os clérigos desses seres demoníacos que representavam a tentação. Essas questões eram ainda mais reforçadas porque Eva foi vista pela maioria como a grande responsável pelo pecado original, essa era, sem dúvida, uma das justificativas que mais aproximavam a mulher do pecado. Da mesma forma que foi uma mulher que pediu a cabeça de São João Batista e que descobriu o segredo de Sansão e o entregou à morte. Por outro lado, a mulher era vista como um ser perfeito, algo inatingível.
Mas foi durante o Cristianismo que essa visão de mulher e pecado foi sendo combatida. Muitos sacerdotes