O contexto socioeconômico do RN na 1ª República
CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS, LETRAS E ARTES
DEPARTAMENTO DE HISTÓRIA
HISTÓRIA DO RIO GRANDE DO NORTE
Fichamento de Texto
O texto do Itamar de Souza nos traça um panorama bem esclarecedor sobre os movimentos políticos e socioeconômicos no Rio Grande do Norte especialmente no contexto da Primeira República. Basicamente, o autor discorre acerca dos principais produtos e serviços que estruturam não só a economia do estado, como também dos eixos de poder organizados a partir das recém estruturadas oligarquias.
Com a proclamação da república, algumas mudanças se desenrolam no cenário político do Rio Grande do Norte. A principal destas mudanças aponta para uma espécie de estruturação ou fortalecimento de oligarquias que passaram, a partir deste contexto, a direcionar de forma bem mais incisiva as diretrizes político-econômicas do RN. Portanto, temos nesse período a divisão do Estado em dois grandes grupos familiares: os Bezerra de Medeiros, que concentravam sua zona de influência política e econômica principalmente na região do Seridó, tendo o a pecuária e a cotonicultura com principais alicerces. E os Albuquerque Maranhão, família tradicional do estado desde o período colonial que mantém e expande seus domínios dentro da Primeira Republica liderados por Pedro Velho e subsidiados pelos seus investimentos no açúcar e no sal.
A histórica má divisão de terras, desigual desde os primeiros anos de Brasil, aliado ao conceito republicano federalista que, em muitos aspectos, beneficiava e dava mais autonomia as políticas regionais, foram os principais impulsionadores para o fortalecimento dos grupos familiares no RN nesse contexto.
Em sua tentativa de elucidar o contexto socioeconômico do estado, Itamar Souza organiza o seu texto em três partes. Na primeira delas, o autor nos mostra como as oligarquias norte-rio-grandenses se organizavam em torno de seus “investimentos” no Setor Primário da economia, ou seja, a produção de sal