O Contexto Social em o Mercador de Venesa

O filme O Mercador de Veneza mostra dramáticas circunstancias vividas no século XVI, como por exemplo, circunstâncias de tensão, em que convivem o preconceito, a violência, o rancor , as paixões, os instintos e a vingança entre judeus e cristãos, expondo assim as contradições e às dificuldades do meio social da época.
Com a teoria de Durkheim sobre solidariedade mecânica, que nada mais é do que o vinculo da solidariedade social a que corresponde o direito repressivo, ou seja aquela cuja ruptura constitui o crime, podendo-se dizer que um ato não é reprovado porque é crime, mas sim é crime porque é censurado pela solidariedade social.
Destacamos do filme como elementos que compõe a solidariedade mecânica, os rancores e sentimentos contidos na consciência coletiva dos dois povos, o rompimento de um contrato social em que o judeu busca por todos os meios a punição do cristão pelo não cumprimento do pactuado, não apenas pelo valor financeiro, mas pelo valor moral que representaria para toda a sociedade semita, fenômeno puramente moral e também os conflitos sendo expostos com o olhar de preferência étnicos e culturais.
O contexto social, cultural e econômico são os principais elementos formadores de pensamentos e conceitos, possuem grandes influências, podendo até serem considerados os responsáveis na tomada das decisões por parte das pessoas. Isso é bastante observado no filme, onde o judeu Shylock que é tão discriminado culturalmente pelos cristãos, é procurado por Bassânio e Antônio para que os emprestem dinheiro, ou seja por sua condição econômica, o contexto social é determinado pelas condições de vida e de trabalho. A sociedade era totalmente voltada para o pensamento cristão, pois era a religião vigorante da época, fazendo assim com que o seu ordenamento jurídico fosse sempre em prol o cristão, não podendo assim um judeu obter os mesmos direitos.

O filme, O Mercador de Veneza, de William Shakespeare, se desenrola no ano de 1596, quase fim da Idade Média.