O cinema norte-americano até a década de 1930: a construção de uma indústria.
Faculdade de Comunicação.
Teoria e Estética do cinema e do audiovisual.
Professores: Tania Montoro e Mike Peixoto.
Tuane Afonso Vasconcelos.
Introdução
Segundo dados do Internet Movies Database, em 2006 foram lançados 19.328 filmes. A produção destes milhares de filmes está distribuída por todo o mundo, desde a indústria de cinema que mais produz, Bollywood, na Índia, passando por produções da Europa, Ásia, Oriente Médio e América Latina. Entretanto, nenhuma destas se consagrou comercialmente e esteticamente de forma tão palpável quanto a produção Hollywoodiana.
O cinema norte-americano conheceu uma trajetória de contínua evolução desde os seus primórdios e acabou por criar conceitos e elementos cinematográficos que tornaram o seu modo de fazer cinema o mais assistido a aceito por grandes platéias. É no surgimento e consolidação de alguns destes fatores mais presentes no cinema hollywoodiano que se foca este trabalho.
O cinema norte-americano até a década de 1930: a construção de uma indústria.
Tuane Afonso Vasconcelos.
As origens do cinema como uma indústria, um modo de se obter lucros, remonta ao final do século XIX. O início do comércio de filmes se deu graças a uma máquina chamada cinetoscópio.
(Mattos, Do Cinetoscópio ao Cinema Digital, 2006)O cinetoscópio era uma máquina na qual um filme de 50 pés (=15,24m) de comprimento e 35mm de largura com duração de mais ou menos 20 segundos, podia ser visto por uma pessoa de casa vez olhando pela abertura de uma caixa de 1,40m de altura.
Em 1894 surgiu, em Nova York, o primeiro salão de cinetoscópios, onde o público pagava um ingresso de 25 cents para assistir a um filme. Estes primeiros filmes ainda não reuniam as características do que hoje chamamos de cinema. Eram, em sua maioria, espetáculos filmados das formas populares de cultura da época como shows de mágica, feiras de atrações, aberrações, ou