O CINEMA EM sergipe
“Minha paixão por cinema vem desde a barriga de minha mãe”1
“A febre do Cinema. A minha geração viu essa história de uma idéia na cabeça e uma câmera na mão”2
“Meu pai era apaixonado por cinema, então desde garotinho quatro anos por ai, ele me levava pra assisti filmes”3 Nem os irmãos Lumière acreditavam que o Cinema traria este fascínio às pessoas pelo mundo. Para eles, o cinematógrafo, aparelho que reproduzia a imagem em movimento, não serviria como espetáculo, pois ele serviria apenas para pesquisas científicas4. Porém, a invenção dos irmãos Lumière cresceu e tomou proporções mundiais, hoje pode-se conhecer a cultura de um país através das produções cinematográficas, pode-se ver pesquisas históricas partindo das visões de cineastas. Enfim o Cinema reproduz o mundo em diferentes parâmetros, e é justamente por esta razão que a sétima arte tem despertado paixões nos quatro cantos do planeta. Em Sergipe não foi diferente, como vê-se nas frases mencionadas, jornalistas, cineastas e cinéfilos também despertaram esta paixão pela arte cinematográfica. Percebe-se na pesquisa que os apreciadores do Cinema queriam ficar bem atualizados sobre o que ocorria no universo fílmico, surgindo daí o interesse destes jovens da classe média e media alta aracajuana em, se reunirem na sorveteria Yara, point cultural da cidade nos anos 60 e 70, para fundarem o Clube de Cinema de Sergipe - CCS. A problemática deste trabalho consiste em compreender a importância do Clube de Cinema de Sergipe. E neste sentido entender como ele foi organizado? Como os filmes chegavam a Sergipe? Quais as dificuldades enfrentadas pelos cineclubistas? Como o CCS via o panorama artístico nacional? Estas são algumas das indagações que norteiam a construção desta pesquisa.
O objeto de estudo deste trabalho, portanto, é o Clube de Cinema de Sergipe durante o período de 1960 a 1969. Esta delimitação cronológica visa focar a