O cego batimeu
Comecemos analisando o verso um: "Caminhando Jesus, viu um homem cego de nascença." Lá estava o pobre homem, nascera cego, crescera cego, vivera a vida toda cego. Não importa o motivo da sua cegueira, o fato é que estava ali. Hoje, pelo menos, os cegos têm oportunidade de crescer, e se desenvolver. Um cego, pode tranqüilamente ser cientista, professor, psicólogo ou o que desejar. Os cegos não estão mais privados de nada. Graças à leitura no sistema Braille, hoje o cego pode se desenvolver como qualquer outra pessoa. E graças a Deus pela oportunidade que os cegos físicos estão tendo hoje. Mas, naqueles tempos, não havia a leitura no sistema Braille. A sociedade não se preocupava com os cegos. Ao contrário, quando uma criança nascia cega, a sociedade pensava: está pagando por algum pecado. Vocês dirão: "mas como pode ter pecado, uma criança que recém nasceu?" Os judeus, naquela época, acreditavam nos pecados pré-natais. Acreditavam na punição por causa do pecado dos pais, avós e bisavós. Então, se ela estava pagando pelos pecados, que sofresse. Para que estender a mão? Para que ajudar? Para que fazer crescer? Um pecador tinha que pagar pelo seu pecado. Assim somos os seres humanos, implacáveis! Julgamos e condenamos, não concedemos outra oportunidade para as pessoas!
Um cego, nos tempos de Cristo, não ía à escola, não aprendia a ler, não podia trabalhar. Então, o que se poderia esperar de um cego? Ele acabava a vida pedindo esmolas. Esta era a situação daquele pobre homem. Estendia a mão para viver da caridade das pessoas. Ali, num canto, jogado, chutado, desprezado. Se alguém tivesse piedade, daria um centavo. Se não, todos passariam indiferentes sem olhar para ele.
Mas o texto bíblico diz: "Caminhando Jesus, viu um homem cego de nascença." João 9:1. Ao vê-lo, Jesus parou. Isto é maravilhoso, meu amigo! Em meio à multidão, Jesus viu aquele pobre cego. Você está aí, diante da TV, num cantinho, na penumbra, no leito de um hospital ou na cela de