O caçador de pipas
Sabemos como é difícil a convivência social. É, entre outras palavras, uma forma de aprender a respeitar diferentes opiniões, gostos, costumes, pensamentos, religiões, culturas. Por outro lado, podemos encarar como uma verdadeira forma de amadurecimento, enriquecimento de idéias e experiências que fazem parte da vida.
Nesse contexto, teremos como base a questão da amizade, tema abordado no livro “O Caçador de Pipas” de forma muito interessante.
No livro, o autor Khaledi Hosseini conta a história de Amir, um menino que já na infância, encontra dificuldades tanto na sua tumultuada relação com o pai, devido à sua frieza em não aceitar que sua esposa teria falecido no nascimento do filho, além de assumir uma enorme culpa, por saber que não corresponde o seu amigo Hassan de forma tão verdadeira, corajosa e bondosa.
A história se passa no Afeganistão, na cidade de Cabul, década de 70, numa sociedade em que a tolerância religiosa e social é o que os diferencia uns dos outros. De um lado tínhamos Hassan, um Hazara que sofria preconceitos por sua religião. Simples e humilde, filho do empregado de Amir e seu pai, era analfabeto, porém, de caráter inigualável. Do outro, tínhamos Amir, um Patschud da alta classe, inseguro e medroso, marcado pela culpa.
Apesar de fazerem parte de mundos completamente diferentes, Amir e Hassan esquecem suas origens quando o assunto é leitura e brincadeiras. Hassan, por não saber ler, adorava ouvir Amir narrando histórias de seus livros prediletos, como de caubóis, guerreiros e a mais famosa competição de pipas que acontecia todo ano, no inverno de Cabul.
Como toda criança, Amir era um pouco enciumado por não ter o verdadeiro amor do pai, que por sinal, tinha um grande carinho por Hassan. Inseguro e com um talento extraordinário para a escrita, Amir preenche essa carência com Khahim, um amigo de seu pai, que consegue perceber suas carências e tenta encorajá-lo em seus sonhos ou qualquer obstáculo que encontre.
Mesmo