O caso tuskegee
O Caso Tuskegee:
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Quando a ciência se torna eticamente inadequada Desde o final do século XIX inúmeras tentativas de regulamentação das atividades científicas vêm sendo feitas. Em 02 de março de 1900 foi proposta nos Estados Unidos uma lei regulamentando os experimentos científicos em seres humanos, esta não foi aceita. Mas é o primeiro documento que estabelece regras claras para a realização de pesquisas em seres humanos. Segundo a proposta, a pesquisa deveria ser realizada por profissionais habilitado, e só pessoas acima dos 20 anos, e com capacidade para tomar decisões poderiam participar da pesquisa. A comissão exigiria a entrega de relatórios sobre os métodos empregados e os resultados obtidos nos experimentos efetivamente realizados, vale salientar que todas as intercorrências imprevistas deveriam ser relatadas de forma imediata e detalhadas. Entre 1932 a 1972 foi realizada uma pesquisa nos Estados Unidos que envolvia 600 homens negros, o projeto escrito nunca foi encontrado, dos 600, 399 tinham sífilis e 201 não tinham a doença. O objetivo do Estudo Tuskegee era observar a evolução da doença sem tratamento. Durante a pesquisa não foi dito aos participantes que eles tinham a doença e nem os efeitos da patologia, eram diagnosticados apenas como “sangue ruim’’. Como benefício pela participação no projeto era o acompanhamento médico, uma refeição quente no dia dos exames e pagamentos com despesas do funeral. A inadequação foi à omissão do diagnóstico e o prognóstico esperado. Na década de 50 já havia uma terapia para o tratamento de sífilis, mas mesmo assim, todos os indivíduos incluídos no estudo foram mantidos sem o tratamento. Uma inadequação levou a outra e o problema foi se agravando de maneira crescente, e da evolução do diagnóstico se evoluiu para o não tratamento, e deste para o impedimento de qualquer possibilidade de ajuda aos