O caso dos exploradores de cavernas
Uma das questões que me chamou atenção foi logo no início do livro,quando whetemore pede para que as autoridades se manifestem em relação à forma de escolha daquele que seria sacrificado.Nota-se claramente que todos se omitem,há um silêncio nesse momento.Evidencia-se o descaso com que o Estado,ao ser provocado e não ter uma resposta satisfatória trata as questões daqueles que lhe pertence.Outro fato que ressalto é a maneira que um dos juízes trata o caso.Ele se furta de responder a questão em pauta,apenas faz divagações e não estabelece o que se espera dele.Poderíamos dizer que prefere calar-se, isso seria mais confortável,ao invés de arca com a posição e os possíveis desgastes que isso poderia acarretar.Se há uma falha no ato dos exploradores, colocaria que foi no fato da precipitação. Embora estivessem numa situação sabidamente desconfortável, tinham que alcançar um alvo em comum, a libertação e sobrevivência na caverna até que a primeira se efetivasse.Quando whetemore solicitou a postergação do lançamento da sorte, seus companheiros não aceitaram e trataram isso com quebra de contrato.Mas que contrato havia para ser quebrado,se a situação os obrigou até a um acordo que não há algum precedente legal? Ao agir dessa maneira,entendo estarem agindo com insanidade e errando o foco da situação.
Então, se me fosse proporcionado à decisão, concluiria pela condenação dos acusados,mas uma condenação não feita somente pelo viés da pura lei escrita, mas sim conjugada com as circunstâncias que eles estavam inseridos. Então, jamais a forca,mas sim uma penalização para a precipitação do lançamento da sorte,que acabou culminando na morte de whetemore,mesmo manifestando-se contra tal ato naquele momento.Enfim, situações atípicas,que convenhamos, numa sociedade dinâmica,casos atípicos não são raros, e o nosso direito tem que responder e corresponder às expectativas de equilíbrio social,trabalhando pelo bem