O CASO DOS EXPLORADORES DE CAVERNAS
Resumo
O texto relata um incidente ocorrido dentro de uma caverna onde cinco homens se viram presos após um desmoronamento. Na tentativa de garantir a sobrevivência da maioria, ainda que isso custasse a morte de alguém do grupo, tais homens chegaram ao ponto de se alimentarem de um deles, após com as próprias mãos terem-no assassinado com as próprias mãos. Eles vão a julgamento, são condenados e então se seguem votos de membros da Suprema Corte em recurso extraordinário.
O primeiro a falar é o presidente do Tribunal, C.J. Truepenny, que narra todo o acontecimento, informando que a ideia de que alguém fosse sacrificado a fim de salvar os demais foi da própria vítima, mas que esta desiste dessa intenção e ainda assim é levado a cabo pelos companheiros de expedição na caverna. Ele defende a condenação dos acusados, como já decidido em primeira instância, diante do que apregoa a lei quanto ao crime praticado, mas acredita numa comutação da pena pelo chefe do Poder Executivo, o que em sua opinião seria o resultado mais justo.
A seguir, toma a fala o Sr. J. Foster, que em seu discurso faz alusão ao estado de natureza em contraponto apo contrato social para justificar a ação dos réus, alegando que eles no momento do crime e devidas às circunstâncias, não podiam agir de modo racional como é de costume numa sociedade civil. Foster também afirma que o judiciário deve buscar uma melhor interpretação das leis e que a situação que enfrentam é inédita, portanto deveriam buscar em julgados anteriores a inspiração para a resolução da lide. Assevera que em casos concretos, até mesmo o conteúdo de leis foi revisto pelo poder judiciário devido a falhas no processo legislativo. Foster defende, portanto a revisão da sentença e, por conseguinte a absolvição dos réus.
O terceiro a expor sua opinião é o juiz J. Tatting, que de forma veemente contesta que os acusados, como já antes explanado por Foster, estavam no estado de natureza. Tatting