O Caso Dos Exploradores De Caverna

O caso dos exploradores de Caverna – Resenha.

Suprema Corte de Newgarth – Ano de 4300.

Processados e condenados à morte pela forca, quatro exploradores recorreram a decisão do Tribunal do Condado de Stowfield á suprema corte de Newgarth. Eram cinco no total durante a expedição em uma caverna, quando se encontraram presos sob uma densa camada de rochas calcárias por mais de dez dias até que o resgate enfim os retirasse. Durante este período, um dos exploradores (Roger Whetmore) propôs que para a sobrevivência dos demais, um deles teria que se dispor a morte, para que sua carne fosse consumida a fim de que suprisse a falta de alimento. No terceiro dia de confinamento, a sorte foi tirada por meio de dois dados e Whetmore foi morto.
Segundo o presidente Truepenny, C. J. os fatos em que se louvou a sentença condenatória, dito que o texto de lei não permitia nenhuma exceção aplicável, mesmo que houvesse qualquer simpatia à consideração trágica do ocorrido, já que “quem quer que intencionalmente prive a outrem da vida será punido com a morte.” W.C.S.A.(n.s.)§12-A. Entretanto, o mesmo se encontra em conflito, ao considerar a trágica situação em que os réus se encontravam. Assim, defendendo a presunção de alguma forma de clemência aos acusados, realizando a justiça sem debilitar a letra ou espírito das leis sem propiciar qualquer encorajamento à sua transgressão.
O Juiz Foster afirma que os acusados, tão isolados da sociedade, encontravam-se em uma forma de direito natural, onde os antigos escritores da América e da Europa chamavam de lei da natureza. Tudo era regido por contratos, até mesmo quando se tratasse de alguma privação de outra vida. E que neste caso, no momento em que Roger Whetmore foi morto pelos réus, fora em cumprimento de um contrato aceito por todos e proposto em primeiro lugar pela própria vítima, a fim de que as outras quatro vidas fossem salvas. Portanto, concluía que os acusados eram inocentes do crime de homicídio e que a sentença de condenação