O caso dos exploradores de caverna
Muitos foram os pareceres acerca dos quatro réus envolvidos na morte de Roger Whetmore. A análise das opiniões nos leva ao impasse sobre a culpabilidade da ação ou não. Se por um lado, Handy e Foster defendem a inocência dos quatro indivíduos, por outro, Keen manifesta seu apoio à pena de morte que lhes foi sentenciada anteriormente.
Conforme a situação, elucidada pelo presidente Truepenny, se apresenta aos olhos do leitor, notam-se mais argumentos a favor dos réus do que contrários a eles. O discurso que se mostra mais convincente é o do ministro Handy.
Em sua fala, pauta seu raciocínio na validez do senso comum para julgar esse caso em específico. Eis que uma pesquisa fora feita e 90% da população, porcentagem quase unânime (em vista da desinformação de parte dos outros 10%), se manifestou a favor dos réus. Os motivos para tal apoio se configuram claramente em alguns pontos, dentre os quais se destaca a falta de recursos na caverna que resultaria na inevitável morte dos cinco, não tivessem tomado tal decisão. No tangente a esse argumento da eficácia de ceder um pouco ao senso comum, pode-se citar o trecho do mesmo livro:
“O governo é um assunto humano, e que os homens são governados não por palavras sobre o papel ou por teorias abstratas, mas por outros homens. Eles são bem governados quando seus governantes compreendem os sentimentos e concepções do povo.”
Ou ainda, uma previsão mais radical do mesmo discurso:
“Desde o momento em que se introduz uma cunha entre a massa do povo e aqueles que dirigem sua vida jurídica, política e econômica, a sociedade é destruída.”
Uma comparação pode ser feita dessa situação com uma análise da atuação dos outros poderes do Estado com a sociedade civil. Como também bem citado pelo jurista em seu discurso, “De todos os ramos do governo, é o Judiciário o que tem maiores possibilidades de perder o contato com o homem comum.”. A necessidade de não se ater