o caso de exploradores de caverna
Passaram-se algumas horas, as famílias dos exploradores sentiram a falta dos mesmos, e comunicaram o secretário da sociedade. A tarefa de resgatá-los com vida foi difícil, estavam envolvidos forças de resgate, homens e máquinas. O trabalho de remoção dos escombros foi frustrado por novos deslizamentos. Dez operários morreram.
Após alguns dias, entraram em contato com o grupo através de um rádio, onde um deles fez a seguinte pergunta: — quanto tempo levaria para eles saírem? A resposta foi: dez dias, aproximadamente. Perguntaram a um médico acerca da probabilidade de subsistirem sem alimento por mais de dez dias, e a resposta foi negativa.
Quando Whetmore perguntou ao médico se, ao se alimentarem da carne de um deles, seriam capazes de sobreviver, disse que sim. Whetmore opinou que eles tirassem a sorte para determinar quem seria sacrificado.
Quando foram libertados, Whetmore tinha sido morto e servido como alimento aos seus companheiros. Após um tempo no hospital, onde passaram por tratamento, foram acusados pelo homicídio de Roger Whetmore, e julgados por quatro juízes: Foster, Tatting, Keen e Handi.
Foster argumentou e propôs que os acusados não poderiam ser condenados, pois as leis legais não se encaixavam nesse caso. Eles só fizeram aquilo para garantir a sobrevivência.
Tatting após longa análise e busca de argumentos alegou não encontrar subsídios necessários que o levassem a uma conclusão entre condenar ou absolver os acusados, preferindo assim, se abster na decisão: “Uma vez que me revelei completamente incapaz de afastar as dúvidas que me assediam, lamento anunciar algo que creio não tenha precedentes na história deste Tribunal. Recuso-me a participar da decisão deste caso.”
Keen já foi mais objetivo em seus argumentos. Segundo ele, seu trabalho não é moral, e sim legal. Precisa aplicar a lei e