O capote

Nicolai Gogol retrata em seu texto “O Capote” uma narrativa focada no entendimento minucioso dos fatos. O autor consegue criar uma atmosfera envolvente, trazendo a ideia de sentimentos, lugares e a vida dos personagens de forma clara e concreta.
Seu foco não se limita somente ao personagem principal, mas também na desigualdade existente na sociedade Russa do Século XIX, suas obras reflectem sempre o lado moralista das questões que dizem respeito à condição humana, enfatizados em críticas. Talvez de certa forma, o foco principal seja a desigualdade social, sistematizada em “O Capote” no personagem Acaqui Acaquievich.
Acaqui Acaquievich, personagem trazido por Nicolai Gogol, era um homem simples, fechado e reservado. Sua vida tanto na esfera profissional quanto na pessoal resumiasse em basicamente uma função, o ato de copiar.
Funcionário de uma repartição pública, a única coisa da qual Acaqui Acaquievich era bom e fazia questão de se ocupar, era o ato de copiar textos, função executada com perfeição e que lhe trazia certa satisfação. Era capaz de levar o trabalho para casa para se ocupar ou copiar outros tipos de textos como passa tempo.
Podemos obsevar que Acaqui Acaquievich sobre de “Neurose Obsessiva” devido sua compulsão em executar por várias vezes o ato continuo de copiar e fazer de sua função na repartição sua forma de vida, não sentindo prazer em mais nada a não ser o ato de copiar. Segundo Sigmund Freud “a hipótese de que, na compulsão à repetição, existe algo que parece mais primitivo, mais elementar e mais instintual do que o princípio de prazer”. Estruturas obsessivas podem ser classificadas como desejos, tentações, impulsos, reflexões, dúvidas, ordens ou proibições. O neurótico obsessivo sente necessidade de incerteza ou de dúvida, Freud afirma que “a criação da incerteza é um dos métodos utilizados pela neurose a fim de atrair o paciente para fora da realidade e isolá-lo do mundo”.
Podemos levar em consideração também de forma filosófica, uma breve