O caminho do trevo
Clientes e fornecedores: novas responsabilidades sobre o RH.
Carlos Eduardo Fernandes Corrêa*.
Qualquer tipo de estratégia de transformação organizacional tem mais chances de sucesso se há uma conjunção de fatores que venha favorecer a integração e o desenvolvimento de uma cultura organizacional. Um desses itens, que tem papel fundamental durante as etapas de mudança, é o gerenciamento das comunicações internas.Em uma empresa organizada hierarquicamente, o chefe dá as ordens e aos empregados cabe entender o seu significado e executá-las. Já em uma organização descentralizada, o líder deve passar mais tempo ocupando-se com a comunicação do que com qualquer outra coisa, pois entende que o principal objetivo desse processo é manter vivos os objetivos da empresa e fazer com que todos trabalhem na mesma direção. Como a comunicação tem como alvo inúmeras pessoas que tomam decisões de modo descentralizado, ao líder cabe mais do que formular uma mensagem: ele precisa certificar-se de que cada membro da equipe entendeu e absorveu corretamente o que foi transmitido.Nessa abordagem, o modo como a organização conduz sua política e seu processo de gestão de pessoas é, em última análise, o principal elemento que pode contribuir para o sucesso da implantação de sua estratégia de mudança.
A clareza e a plenitude com que ocorre o diálogo com a própria organização, a transparência com que se estabelecem as regras do jogo interno e externo, a sinceridade com que são colocados os próprios objetivos da mudança e aquilo que se espera das pessoas são outros aspectos sempre bastante valorizados por aqueles que sentem sobre si mesmos a responsabilidade de fazer com que os resultados da mudança aconteçam.
Assim como tende a ser igualmente importante o nível de coerência que as pessoas percebem entre as políticas e as práticas de RH e o discurso estratégico que a empresa procura promover. Não há sentido em se falar em um trabalho conjunto de integração de esforços,