o belo na filosofia

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Diz-se que o mundo está cada vez mais desenvolvido quando na realidade está, inegavelmente, mais tecnológico e globalizado. Contudo, parece arriscado falar em desenvolvimento quando os avanços não se apresentam em todos os lugares nem para todos os habitantes. Num panorama tão desigual, uma seleta parte da população global desfruta dos ditos avanços, ao passo que um enorme contingente vive abaixo da linha de pobreza sem as menores condições de infraestrutura. Tais contrastes passam muitas vezes despercebidos no cotidiano da cidade, entretanto, estão estabelecidos numa relação díptica com o traçado urbano, sendo, ao mesmo tempo causa e consequência de profundas marcas no desenho da cidade. No Brasil, por exemplo, temos as favelas e comunidades pobres que contrastam com a arquitetura de edifícios e casas de classe média alta, planejados e construídos com os recursos necessários. O processo de urbanização no Brasil e em diversos outros países pelo mundo, reafirma o que a sociedade sabe, mas muitas vezes faz questão de não perceber: a enorme desigualdade social que nossos sistemas político-sociais provocam. Na contemporaneidade, todos os grandes centros urbanos possuem um arranjo espacial fracionado, isso significa que existem várias partes que compõem o todo, no entanto, cada fração com sua particularidade em diversos aspectos. Nas cidades existem áreas com foco de atuação especializada, são distribuídas em centros comerciais, financeiros, bairros industriais, residenciais, bairros com grande número de casas, além de bairros que abrigam uma grande quantidade de estabelecimentos de diversão, como boates, bares e restaurantes.
Na estrutura de uma grande cidade existem vários polos, isso quer dizer que cada região é dotada de um centro e uma rua de maior destaque, na qual muitas atividades são desenvolvidas, como serviços e comércio. A divisão da estrutura urbanística juntamente com o aumento da população e da própria cidade promove uma precarização em relação ao todo

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