O barão de maúa
A questão do negro é muito bem retratada no filme. Desde muito jovem Irineu se mostrava contrário à escravidão e, com o passar dos anos tornou-se um abolicionista fervoroso.
Durante o Período Abolicionista, na segunda metade do século XIX o Brasil experimentou um progresso jamais visto antes, e esse progresso estava relacionado diretamente com o cultivo do café que passou ser à base da economia brasileira. O café provocou várias transformações no panorama brasileiro, entre elas a introdução do trabalho livre e assalariado após a proibição da importação de escravos em 1850. No entanto, mesmo depois do fim do tráfico a utilização do trabalho escravo continuou a todo vapor. Os cafeicultores para ter acesso aos escravos recorreram ao tráfico interno. As lavouras nordestinas que estavam em decadência passaram a vender seus negros para o Sul cafeeiro com preços altíssimos. Mesmo com o advento da Revolução Industrial na Europa, o Brasil desse período era completamente infértil para esses tipos de desenvolvimento. O país era basicamente agrário, escravagista com um império sem pretensões, mesmo tendo um grande potencial. Isso não impediu que Mauá investisse tudo que podia, construiu indústrias, fundou bancos e teve uma boa resposta, principalmente depois da aprovação da Tarifa Alves Branco, que majorou as taxas alfandegárias, e da Lei Euzébio de Queirós, que em 1850 aboliu o trafico negreiro, liberando