o BARROCO
Barroco
restaurar um clima de religiosidade, contrário às idéias da antigüidade clássica.
Estes fatores fizeram com que o homem conciliasse os valores medievais
(teocentrismo) com os valores renascentistas
(antropocentrismo).
Essa situação contraditória provocou o aparecimento de atitudes igualmente contraditórias do artista face ao mundo, à vida e a si mesmo.
A estética barroca
O Barroco opõe-se à estética clássica: superfície X profundidade, forma fechada X forma aberta, multiplicidade
X unidade.
O homem barroco foge das coisas e sentimentos contraditórios que envolvem a natureza humana, exaltando os valores cristãos – o homem volta-se para Deus.
Podemos encontrar dois tipos de estética barroca: a gongórica e a conceptista.
A estética gongórica está preocupada com a descrição das coisas. É freqüente o uso de figuras de linguagem como a antítese, a metonímia, o paradoxo, o assíndeto, a metáfora, o simbolismo, a sinestesia, a hipérbole e a catacrese, além do uso de neologismos. Preocupase com uma linguagem bem trabalhada.
“É um estilo voltado para a alusão (e não a cópia) e para a ilusão enquanto fuga da realidade convencional. Se partirmos da exegese (interpretação) do estilo barroco em termos de crise defensiva da Europa pré-industrial, aristocrática e jesuítica (Espanha e Portugal), perante o avanço do racionalismo burguês
(Inglaterra, Holanda, França), então entenderemos o quanto de angústia, de desejo de fuga e de ilimitado subjetivismo havia nestas formas. E entenderemos também a imagem barroca da vida como um sonho, como uma comédia, como um labirinto, um jogo de espelhos, uma festa: o triunfo da ilusão”.
(Alfredo Bosi)
Surgiu no final do século XVII e início do século XVIII na Espanha e se expandiu por toda a Europa. O movimento barroco inicia-se, em Portugal, em 1580, com a morte de Camões e termina com a fundação da Arcádia Lusitana. Está relacionado à Contra-Reforma.
O século XVII é um