O Auto da Barca do Inferno

Introdução da Personagem:
Gil Vicente com esta obra pretendia criticar toda a sociedade da época para isso apresenta no palco várias personagens tipo representando as várias classes socias da época. Ao longo da obra essas personagens são julgadas por um anjo e um Diabo. O Parvo era uma personagem muito diferente das outras devido a apresenta-se sem nenhum adereço e, com simplicidade, ingenuidade e humor, apresentando-se perante o Diabo como um tolo.
-Adereços, tipo social e caracterização directa e indirecta da personagem:
O Parvo era uma personagem simples e ingénua sendo por vezes mal-educado devido à sua ingenuidade como podemos ver nos versos 64 a 68. O Parvo era uma personagem tipo porque representa todos os elementos do povo ingénuos e humildes.
-Percurso cénico e Destino final:
A personagem chegou ao porto e de seguida dirigiu-se para a barca do Diabo onde o Diabo o tentou convencer a entrar na sua barca, após isso dirigiu-se à barca do Anjo, e ai entrou, (verso 1 a 9 e do verso 68 a 72).
-Argumentos de Acusação e Defesa:
Em relação a esta personagem não foram apresentados argumentos de acusação, mas apenas vários argumentos de defesa pois o Diabo estava a tentar convencê-lo a entrar na sua barca, mas o anjo diz-lhe: “Tu passarás se quiseres/ porque em todos os teus fazeres/ por malícia não erraste”. (Versos 64 a 68).Com esta passagem o anjo mostra que o Parvo não vai para a barca do Diabo pois nunca errou por malícia, mas sim pela sua ingenuidade.
-Tipos de Cómico:
Na cena existem vários tipos de cómicos como o cómico de linguagem ”Samicas de Caganeira” (verso 17) cómico de situação “De pulo ou de voo?” (verso 10) tendo o Parvo apresentando traços de cómico de carácter ao longo de toda a cena.
Conclusão:
Gil Vicente pretendia com esta peça criticar os vícios materialistas da sociedade. O Parvo fica no cais para ajudar o Anjo, comentando, criticando e ridicularizando os vícios e os defeitos de outras personagens que entrarão em cena. Daí que o