o arcaísmo
Arcaismo
O Cenário contemporâneo é marcado pelo sentimento de que atravessamos uma crise generalisada. Crise de valores, ideológicos, ética, paradigmas, modernidade e cultura ocidental. Embora a definição de crise da cultura ocidental seja um tanto vaga e apressada, ela aponta para aspectos importantes presentes no imaginário das sociedades contemporâneas. O sentimento de crise da cultura parece ter encontrado nas últimas décadas um elemento catalisador. David Orr refere três grandes “crises” que a humanidade enfrenta atualmente. A primeira é uma crise de alimentos, a segunda é causada pelo fim da era da energia barata, a terceira, a capacidade de sustentação dos sistemas naturais. Estas crises estão em interação e produzem a primeira crise planetária da história humana. A busca de um “novo” paradigma é hoje o mote central dos discursos científicos. Isso tanto nas ciências naturais como nas ciências sociais. Na educação ambiental não só encontramos esse discurso como ele é ainda mais vigoroso. O autor deflagra que o conceito de racionalismo cartesiano seja um paradigma falido e incapaz de tematizar as atuais questões ambientais que tanto nos afligem. Cita também que as críticas, embora diferentes matizes, têm contribuído para formar um consenso de que precisamos abandonar o cartesianismo. Em sequência, o autor sugere que um dos aspectos para a transformação é a consentização de que precisamos transformar, revolucionar e mudar, o que implica necessariamente em esquecer, abandonar e deixar para trás o mecanicismo reducionista. Uma citação no texto do livro bastante importante na visão de Gough (1989) diz o seguinte: “Eu tenho pouca simpatia em relação à visão de mundo materialista e atomística que ainda predomina na educação formal nas sociedades ocidentais; eu vejo grandes virtudes nas políticas verdes e muitas idéias desafiadores emergindo nas fronteiras da nova ciência; mas eu tenho