O alianista resumo
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RESUMO O ALIENISTAA parábola do texto
..não se fala da loucura ou dos loucos, por mais que o Alienista tente fazê-los atuar. De resto, os loucos e sua loucura são uma presença apaziguadora e até cômica ao longo do texto. Fala-se, isso sim, deste homem e de seu discurso que é capaz de produzir a loucura.
Pois é esta a parábola descrita pelo texto: no início da narrativa, não há loucos em Itaguaí, cidade que tinha o “ruim costume”, segundo o Alienista,“de não fazer caso dos dementes”. Estes, quando mansos, andavam à solta, e,quando furiosos, ficavam trancafiados em casa. De resto, eram poucos e não criavam maiores problemas. Quer dizer: não havia loucos em Itaguaí, não havendo quem levantasse a questão científica da loucura.
É este mau costume que o Alienista deseja consertar, introduzindo a esquecida cidadezinha no século da ciência e da razão. Tão logo inicia sua empreitada, eis o que ocorre: uma verdadeira “torrente de loucos”. Eles surgem de toda parte - monomaníacos, loucos por amor, vítimas de mania de grandeza. E, diante da perplexidade geral, simbolizada pelo espanto ingênuo de Pe. Lopes, a quantidade de loucos só faz aumentar na medida em que oAlienista segue em seus estudos e amplia o poder de seus conceitos. No auge,
4/5 da população da cidade está trancafiada dentro dos muros da Casa Verde.
Mas isso não é tudo. Seguindo o curso da parábola, e em função das novas descobertas que faz, Simão Bacamarte desiste de buscar o germe da loucura nos outros, voltando-se para si mesmo como objeto de investigação.
“Reúno em mim mesmo a teoria e a prática”, conclui ele, descobrindo-se sujeito e objeto da ciência nascente. Desta forma, cessando a atividade produtiva da loucura por parte do Alienista, já não há loucos em Itaguaí. Ou há um só.
Parábola em três tempos.
Um: antes da intervenção do psiquiatra não existem loucos.
Dois: sua ação desencadeia uma torrente de loucos.
Três: saindo de cena o cientista, haverá no máximo um louco, ele