O abandono de animais caseiros
Cães e gatos são abandonados diariamente nas ruas, mas segundo a Sociedade União Internacional de Protetora dos Animais (Suipa), no período de férias, entre novembro e fevereiro, a quantidade de animais abandonados aumenta em até 70%. Isso porque famílias decidem viajar e simplesmente abandonam o animal à própria sorte.
Segundo a veterinária e comentarista da rádio CBN Vitória, Tatiana Sacchi, para cada dez cães abandonados, apenas um consegue um novo lar. No caso de gatos, a situação é ainda pior: de cada 28, apenas um terá uma segunda chance.
Gabriela Gabriel, diretora Centro de Vigilância em Saúde Ambiental de Vitória (CVSA, antigo CCZ) afirma que esse número mostra que o abandono de animais é um problema sério e que precisa ser combatido. “A pessoa quando recebe um animal, precisa entender que ela passa a ter a guarda dele e tem que assumir toda a responsabilidade sobre ele em qualquer época do ano”, enfatiza.
Muitos cães e gatos acabam nas ruas pois os centros de zoonoses não recolhem animais saudáveis simplesmente porque o dono não os quer mais. “Nós acolhemos apenas os animais que são deixados aqui ou os que oferecem algum risco para quem está na rua, como cães que avançam das pessoas, que rondam próximos a escolas e creches ou que estão muito doentes e precisam ser sacrificados”, afirma Vanessa Alves de Andrade, gerente do CCZ Vila Velha. A diretora do CVSA de Vitória lembra que o abandono de um animal é punível pela lei de crime ambiental. “Quando conseguimos identificar a pessoa que abandonou, nós fazemos uma representação junto à Delegacia do Meio Ambiente e do Ministério Público, para que a pessoa seja responsabilizada”, diz.
Tudo pode ser usado como pretexto para deixar os animais abandonados, já não estando felizes com os animais. Pelo desgaste ou, até mesmo, porque não são mais filhotes “fofinhos” – algumas pessoas continuam com os animais até passarem pela fase de filhotes e depois