M Rio Saraiva
Mário Saraiva - filho do Major José Augusto Saraiva, um dos oficiais do Exército compulsivamente afastado de serviço por ter proclamado a «Monarquia do Norte» (1919) foi destacado membro da terceira geração doIntegralismo Lusitano.
Estudante em Coimbra, fundou o jornal académicoParacelso, filiando-se, em 1932, no
Movimento Nacional-Sindicalista liderado pelos integralistas Alberto de Monsaraz e Francisco
Rolão Preto. Depois daquele movimento ter sido infiltrado, desmantelado e, por fim, proibido por Salazar, Mário Saraiva continuou a sua intervenção pública nos inícios dos anos 40, ao lado de Mário Cardia que, no Jornal do Médico, fez, pela primeira vez em Portugal, a defesa de um Serviço Nacional de Saúde.
A estreia de Mário Saraiva como doutrinador monárquico deu-se em 1944 ao publicar Claro
Dilema – Monarquia ou República? . De pronto saudado pelos Mestres integralistas Hipólito
Raposo e Alberto de Monsaraz, será no final da década de 50 que se revelará como um dos máximos expoentes entre as novas gerações daquela escola de pensamento, ao lado de, entre outros, Afonso Botelho, Rivera Martins de Carvalho, António Jacinto Ferreira, Henrique
Barrilaro Ruas.
Sem nunca deixar de exercer a profissão médica – pertenceu ao quadro de médicos civis da
Força Aérea Portuguesa – Mário Saraiva participou activamente na campanha restauracionista de 1951, em torno do jornal O Debate (Lisboa, 1951-1974), vindo a ter destacado desempenho na defesa do ideário integralista lusitano em polémica com alguns monárquicos apoiantes do salazarismo (A Voz, 1954-55).
Foi no início dos anos 60 que Mário Saraiva começou a desbravar os caminhos do