L´homme qui plantait dês arbres

3417 palavras 14 páginas
Título: “L´Homme qui plantait dês arbres”de Jean Giono.
O homem que plantava árvores- Tradução de Alice Sarabando
"O homem que plantava árvores":
Há cerca de quarenta anos, eu fazia uma longa viagem a pé em altitudes absolutamente desconhecidas dos turistas, nessa velha região dos Alpes que se estende para a Provença. Essa região é delimitada a sudeste e a sul pelo curso médio do rio
Durance, entre Sisteron e Mirabeau; a norte pelo curso superior do Drôme, desde a nascente até Die; a oeste pelas planícies do condado Venaissin e os contrafortes do
Mont-Ventoux. Ela compreende toda a parte norte do Departamento dos Baixos Alpes, o sul do Drome e um pequeno enclave do Vaucluse. A cerca de 1200 a 1300metros de altitude, era, na altura em que empreendi o meu longo passeio por esses desertos, constituída por charnecas nuas e monótonas onde só crescia alfazema selvagem.
Eu atravessava essa região na sua maior largura e, depois de três dias de marcha, encontrava-me no meio de uma desolação sem igual. Acampava ao lado de um esqueleto de aldeia abandonada. Não tinha água desde a véspera e necessitava de a encontrar. Aquelas casas aglomeradas como um velho ninho de vespas, embora em ruínas, levaram-me a pensar que talvez lá tivesse havido em tempos uma fonte ou um poço. Havia de facto uma fonte, mas seca. As cinco ou seis casas sem tecto, roídas pelo vento e pela chuva, a pequena capela com o campanário desmoronado, estavam ordenadas como as casas e as capelas em todas as aldeias vivas, mas tinha desaparecido todo e qualquer sinal de vida.
Era um belo dia de Junho cheio de sol mas, nessas terras desabrigadas perto do céu, o vento soprava com uma brutalidade insuportável. Os ruídos que fazia nas carcaças das casas pareciam os grunhidos de uma fera incomodada na sua refeição.
Tive de levantar o acampamento. Ao fim de cinco horas de marcha não tinha ainda encontrado água e nada me dava esperanças de poder vir a encontrá-la. Por todo o lado a mesma

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