Igreja e regime político-militar no Brasil:
Objetivo
Relatar os acontecimentos que levam a Igreja a se voltar contra algumas posições políticas no país, mostrando as intenções que o Estado tinha de dominar as decisões da Igreja, fazendo esta ficar ao lado do povo em algumas decisões políticas.
Desenvolvimento do tema
O regime militar brasileiro em 1964 tinha a intenção de submeter a Igreja à ideologia dos governantes, contando com o trunfo de uma vitória sobre o anarco-sindicalista e comunista que de acordo com os militares, estava a ponto de dominar o Brasil. O anticomunismo por parte de grande parte dos católicos coloca a Igreja em uma situação de inferioridade diante de seus intuitos e medidas oficiais, diminuindo desta forma sua autoridade e criando uma situação constrangedora para a CNBB. Diante a nova situação, a Igreja encontra dificuldades em montar uma estratégia contra uma submissão ao regime.
Ideologicamente, havia grupos de católicos que recusavam o embasamento da política militar, pois temiam os perigos de um governo autoritário e antidemocrático. Contudo fez admitir que não era clara para muitos bispos a dimensão totalitária do regime brasileiro de 1964, principalmente pelo fato de todos os presidentes se declararem cristãos e respeitadores dos direitos das Igrejas. Algumas atitudes e gestos deixava confuso o relacionamento entre Igreja e poder civil, como exemplo a visita feita pelo futuro presidente Costa e Silva ao papa Paulo VI em 1967, a troca de gentilezas entre ambos, apontavam um clima de paz e entendimento entre as duas instituições. Porém de acordo com o Centro de Estudos e Ação Social da Bahia, dirigido pelos jesuítas, há um jogo duplo de escalões governamentais, ora com um bom entrosamento, ora se aproveitando dos prestígios da
Igreja ao mesmo tempo confinando a sua ação.
Aos mais avisados dirigentes da Igreja, não escapavam as intenções da política oficial, principalmente na tentativa