etica

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Igreja Católica e regime militar O apoio despendido pela Igreja Católica no início do governo militar foi providencial para a concretização do golpe. Essa mobilização por parte da Igreja ocorreu, principalmente, como combate à ameaça do Comunismo, com sua crença ateísta, e ao crescimento inerente dos movimentos de esquerda durante a década de 1960. A ação da Igreja não foi muito diferente de diversos setores da sociedade que, temendo a desintegração e a desordem social, se aliaram ao regime. Porém essa aliança não se manteve constante durante os 21 anos de ditadura militar. As mudanças políticas do pós-64, com as violações aos direitos humanos, repressões contra diversas instituições e a censura midiática, levaram aos bispos e clérigos a adotarem medidas mais progressistas.
Em 31 de março de 1964, o golpe militar finalizou a curta experiência democrática vivida pela sociedade brasileira. Uma das principais metas dos primeiros anos do regime foi construir uma legitimidade para a adoção de tal golpe antidemocrático. Por sua vez em 1968 o governo definitivamente mostrou a que veio e em dezembro daquele ano institucionalizou o AI-5.
Os conflitos internos na própria Igreja Católica causavam um ambiente ambíguo, pois de um lado estava a esquerda católica, que defendia uma mudança radical, e de outro os mais tradicionais, fiéis à antiga concepção de fé, de onde surgiu a direita católica. Este setor ajudou a provocar uma crise política na época do presidente João Goulart, auxiliando a queda do mesmo, e a instauração do golpe militar em 1964. A polarização dos eclesiásticos estava, em sua maioria, entre reformistas e modernizadores conservadores, sendo que estes não favoreciam, de forma mais aberta, nem os tradicionalistas nem a esquerda.
Apesar de estar dividida, entre 1963 e 1964, atendendo aos temores da sociedade civil, os modernizadores conservadores ganharam as eleições da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil), ao derrotarem os progressistas.
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