E F Lio A Classicas
E Fólio A- Comentar texto de Pierre Lévêque.
O Helenismo, período histórico ao qual está associada a expansão da cultura grega a todo o mundo civilizado de então. Um período durante o qual, e com base na mesma língua, se espalha uma cultura comum, um mesmo ideal de universalismo intelectual, um mesmo ideal artístico e económico que ao longo de três séculos vai moldando toda uma extensíssima comunidade. Desaparecem fronteiras e limites, há uma tentativa de reconciliação do mundo e uma harmonia entre todos homens que põe de parte origens, conquistados e conquistadores. A força política da “pólis” desaparece e prevalecem sobretudo reinos de grandes proporções geográficas, de África à Asia e à Europa, de diferentes raças que se fundem e unem sob o teto de uma cultura comum. O helenismo é uma matriz cultural que irradia e ganha alicerces mesmo nas cidades que não tinham a sua origem na Grécia. Contudo, a difusão de cultura por uma área tão extensa, leva à criação de pequenas civilizações, desenvolvidas obviamente fora do território grego, embora indiscutivelmente influenciadas pelo seu espirito. Aparecem na altura, ao longo das costas mediterrânicas, variadíssimos centros culturais, muitos deles com obras que os tornaram célebres e de que ainda hoje ouvimos falar. Esses focos de cultura refletem quase todos os valores e virtudes da civilização grega.
Surgem, a par das diversas evoluções e descobertas na área da técnica e da engenharia, algumas correntes filosóficas. O homem passa a ter uma postura de vida e uma conduta social que o leva a refletir sobre si próprio. O que importa verdadeiramente é a sua intimidade, a sua vida privada, e assim procura para ela regras de conduta que lhe permita a obtenção de uma vida melhor em qualquer tempo, em qualquer circunstância e até em qualquer lugar. O homem deixa de ser apenas e só um membro da pólis, mas um ser individual, distinto. A ética, o virtuosismo e a erudição são valores universais levados ao