D pedro
D. Pedro de Alcântara nasceu em Queluz, Portugal, em 12 de outubro de 1798 sendo filho de D. João VI de Portugal, rei de Portugal, Brasil e Algarves e Dona Carlota Joaquina de Bourbon, infanta da Espanha. Seus avós paternos eram D. Pedro III, Rei de Portugal e Algarves e dona Maria I, Rainha de Portugal e Algarves, enquanto seus avós maternos eram D. Carlos IV, rei da Espanha e dona Maria Luísa de Bourbon, princesa de Parma. Era o quarto filho, e segundo varão de seus pais, e não era esperado que um dia viesse a ascender ao trono.
O falecimento de seu irmão mais velho, D. António de Bragança, em 1801, tornou-o o herdeiro de seu pai, então regente em nome de dona Maria I.[1][2]
D. Pedro de Alcântara em torno de 1808. Artista: Jean François Badoureau.
O príncipe passou a infância no Palácio de Queluz, onde também nascera, e convivera com a avó paterna, que estava completamente insana. Sua mãe não lhe dava muita atenção, preferindo voltar-se para seu irmão mais novo, D. Miguel. Seu pai o estimava muito, considerando-o o filho predileto, mas por ser reservado e sofrer de depressão, mantinha pouco contato com o seu herdeiro.[3]
Em 1807, D. João VI, preocupado com os acontecimentos na Europa, realizou um plano de enviar o seu filho mais velho para o Brasil e assim impedir que a mais valiosa colônia do império português pudesse sofrer o mesmo destino das colônias espanholas.[4] Entretanto, a invasão de Portugal por tropas de Napoleão Bonaparte o fizeram mudar de ideia e decidiu-se pela transmigração não só da família real portuguesa, mas de grande parte da nobreza portuguesa e de todo o aparato estatal do império lusitano.
No Brasil, D. Pedro viveu no Palácio da Quinta da Boa Vista, em São Cristóvão, Rio de Janeiro, junto com seu pai e seu irmão D. Miguel de Bragança, mas também residiu na Fazenda de Santa Cruz e no Paço Imperial.[5]
D. Pedro e seu irmão D. Miguel compartilhavam a aparência, o temperamento e afeições. Ambos possuíam uma