Amputação Ritualística de Dedos
Se a morte não fosse algo traumático e marcante o suficiente, o povo Dani de Papua Ocidental, na Nova Guiné arranjou uma maneira de fazer com que a coisa seja para sempre lembrada.
Quando um homem morre deixando esposa ou filhos, um sacerdote se encarrega de visitar esses parentes com o intuito de amputar alguns de seus dedos. Os dedos devidamente decepados são então atados a um colar feito de cabelo humano entrelaçado e colocado em volta do pescoço do cadáver antes deste ser enterrado. O ritual se refere apenas a mulheres e crianças, como uma forma delas se recordarem para sempre e lamentar a morte de seu parente.
Segundo antropólogos, a prática visa também afastar o espírito do morto que poderia "sentir saudades" de seus parentes e assim querer visitá-los de maneira inoportuna. Tendo uma parte deles no além, o fantasma seria apaziguado e não tentaria fazer nenhum mal aos vivos.
Especialmente hedionda é a maneira como os dedos são amputados. Eles são atados com uma corda feita de cânhamo e apertados até a pele e o osso serem partidos. Ainda pior é o fato do sacerdote decidir baseado na reação da pessoa, quantos dedos devem ser arrancados. Suportar estoicamente a provação resulta em apenas um dedo decepado, mas alguém que grita ou tenta reagir, pode ter vários dedos cortados.
O ritual foi proibido e vem sendo coibido na Nova Guiné, mas o fato de haver muitas pessoas sem dedos nas regiões interioranas do país, comprova que o costume ainda é praticado.