A ética protestante e o Espírito do Capitalismo
Segundo Weber, em sua introdução ao livro, alguns fatores só podem ser considerados válidos na cultura ocidental, como, a arte, a ciência, o direito, o Estado, a organização acadêmica, e enfim, o capitalismo. E acredita que somente nessa civilização ocidental esses fatores possuem um desenvolvimento universal em seu valor e significado. O autor argumenta o entendimento sobre o Capitalismo como um sistema econômico procedente de ações racionalmente calculadas, e não apenas como um sistema gerado por ganância de obter o lucro. Segundo seu argumento, esses fatores, como a ciência, o capitalismo, a arte, não são exclusividade do mundo ocidental moderno, pois essas ações seriam observadas e relatadas em diversos lugares e períodos. No entanto, nunca foi observado o capitalismo em tal grau de desenvolvimento como no mundo ocidental moderno. Então, explicita sua preocupação: às origens da conduta capitalista, “desse sóbrio capitalismo burguês, com sua organização racional do trabalho” (WEBER, 1920:9), que ele identifica com o desenvolvimento do protestantismo. No primeiro capítulo do livro o autor chama a atenção para a tendência de predomínio protestante nas ações capitalistas, a predominação se dá tanto em países com a maioria protestante, quanto a minoria, ele explica que a racionalização do capitalismo é fator principal para essa ocorrência. Segundo Weber, os protestantes ocupavam as mais elevadas posições no mundo dos negócios, geralmente eram empresários, e tinham as mais qualificadas mãos de obra. O motivo gerador, era que o Catolicismo, tinha um foco em questões menos práticas, como dogmas e credo. Segundo o autor, o catolicismo, leva o seu seguidor a um contentamento com aquilo que lhe dê subsistência e desfrute daquilo que tem. Por outro lado, o protestantismo, julga o ócio como pecado, e garante que o acumulo de riqueza é uma prática moral e digna. No segundo capítulo, o