A ética protestante e o espírito do capitalismo
“Em A Ética Protestante, Weber traça detalhadamente o tipo ideal de conduta religiosa que contribuiu decisivamente para o desenvolvimento qualitativo do capitalismo.”(p.19)
“[...] O impulso para o ganho, a persecução do lucro, do dinheiro, da maior quantidade possível de dinheiro, não tem, em si mesmo, nada que ver com o capitalismo.” [...] A ganância ilimitada de ganho não se identifica, nem de longe, como o capitalismo, e menos ainda com seu “espirito”. O capitalismo pode eventualmente se identificar com a restrição, ou pelo menos com uma moderação racional desse impulso irracional. O capitalismo, porem, identifica-se com a busca de lucro, do lucro sempre renovado por meio da empresa permanente, capitalista e racional. Pois assim deve ser: uma empresa individual que não tirasse vantagem das oportunidades de obter lucros estaria condenada à extinção. [...] Definiremos como ação econômica capitalista aquela que repousa na expectativa de lucros pela utilização das oportunidades de troca, isto é, nas possibilidades (formalmente) pacificas de lucros.” (p. 26)
“Para os propósitos dessa concepção, o importante é ocorrer um verdadeiro ajuste da ação econômica no cortejo entre o dinheiro que entra e as despesas, não importando o quão primitiva possa ser sua forma. Ora, nesse sentido, o capitalismo e as empresas capitalísticas, mesmo com uma considerável racionalização do calculo, existiram em todos os países civilizados do planeta, [...] O que havia não eram meramente empreendimentos isolados, mas empresas econômicas inteiramente dependentes da continua renovação dos empreendimentos capitalísticos e até de operações continuas. Contudo, o comercio em especial não teve, por longo tempo, a continuidade dos nossos empreendimentos atuais, mas consistiu essencialmente em uma série de empreendimentos individuais.” (p. 27)
“Assim, em uma história universal da cultura, mesmo de um ponto de vista puramente econômico, o que nos interessa não é em última analise, o