a árvore
- Bom dia, senhora! - Bom dia! - Estamos arborizando esta rua. Uma árvore será plantada em frente à sua casa. Será que a senhora e sua família gostariam de cuidar dela? - De certo que sim. Meu filho Gustavo olhará por ela. - Obrigado, senhora. Amanhã plantaremos a árvore. Esse foi o diálogo entre trabalhadores da prefeitura e a mãe do Gustavo. No dia seguinte, o menino foi para a escola apreensivo. Temia que a árvore fosse plantada durante sua ausência. Terminadas as aulas, voltou para casa o mais rápido que pôde. O plantio estava a um quarteirão de distância. - Graças a Deus, pensou, “minha árvore” ainda não foi plantada. Quando os trabalhadores chegaram em frente a sua casa, Gustavo foi observar o trabalho. Cavando um grande buraco, os operários colocaram adubo e perguntaram ao interessado menino se ele mesmo desejava plantá-la. Com cuidado, Gustavo pegou a planta e colocou-a no lugar. Encheu o buraco de terra e sorriu ao olhar o arbusto com mais de um metro de altura. Os operários terminaram a tarefa e lá se foram a plantar, sempre a plantar. Todos os dias pela manhã, Gustavo molha o arbusto e o acaricia com o olhar, dizendo baixinho: - Cresça depressa, arvorezinha linda! Eu amo você! Ele cercou sua árvore com taquaras para protegê-la de estragos. …. Alguns anos já se passaram. Gustavo olha sua copada árvore. É a mais alta da rua. Cresceu, cresceu muito! Está mais alta que ele. Retribui com beleza e vigor o amor que recebe.