A Volatilidade e Fragilidade dos Laços Humanos na Atualidade: Redes Sociais e Mercado
Introdução O período definido por muitos sociólogos contemporâneos como “Zygmunt Bauman” é o período da chamada “pós-modernidade”, período esse com peculiaridades imensas quando comparado a outras eras da história humana. O período é marcado fortemente pelo esfacelamento das sólidas relações humanas de outrora. O conceito de comunidade, solidariedade, família e das relações amorosas estão se tornando cada vez mais efêmeras. O presente trabalho se propõe a apresentar alguns desses aspectos em tom crítico e de maneira sucinta. Entender como a convivência em grupos - tão importante a ponto de ter sido essencial à supremacia humana sobre o planeta - está agora passando por essas transformações. A sociedade individualizada, os novos tipos de família que surgem, o grande número de adultos que vivem sozinhos, a redução no número de casamentos e a própria mudança na maneira de se relacionar é objeto de estudo de extrema importância para a sociologia, não só no sentido de compreender o fenômeno e suas consequências em toda esfera, mas como no de propor ou desencadear soluções.
O valor (ou a falta de) nas relações humanas Quando se fala em relações humanas e como elas surgem, pensa-se, a princípio, numa relação direta, cara a cara. Pois esta é a forma como se davam as relações historicamente (quando era muito mais difícil se dizer “amigo” de alguém sem nunca ter tido contato visual direto). O avanço da tecnologia nas telecomunicações possibilitou não só a manutenção dos relacionamentos tradicionais através da otimização do contato, como a criação de novos tipos de laços de amizade. Dessa forma, houve não só a criação de novas formas de relacionamentos, como também mudanças nas “estruturas” das relações tradicionais. De maneira mais específica, Bauman propõe que as relações humanas sejam por si um paradoxo, ao mesmo tempo “benção” e “maldição”. “Benção” porque o relacionamento