A visão sobre comércio exterior de adam smith e ricardo
DIOGO HENRIQUES CABRAL
A VISÃO SOBRE COMÉRCIO EXTERIOR DE ADAM SMITH E RICARDO
CAMPOS DOS GOYTACAZES – 2010
TP 4
Explique e compare a visão sobre comércio exterior de David Ricardo e Adam Smith. Lembre de explicar com fundamentação teórica e com apoio nos textos originais.
As primeiras teorias para explicar o comércio exterior surgem como reação às doutrinas mercantilistas, que foram aceitas por um bom tempo na Europa a partir do século XVI. Essas doutrinas recomendavam a cada nação exportar mais do que importar, para obter um saldo positivo na balança comercial, o que aumentaria a quantidade de metais preciosos. Como acumular ouro e prata era a única forma de aumentar a riqueza nacional, o comércio internacional era encarado como uma disputa por uma quantidade de metal precioso, onde cada país só poderia obter vantagens às custas dos demais.
Smith, no seu livro A riqueza das nações (1776) se apoiava num ponto de vista bem diferente: as trocas comerciais beneficiavam todas as nações envolvidas. A sua teoria, conhecidas como “Teoria das Vantagens Absolutas”, dizia que cada país tinha vantagens maiores ou menores na produção de cada mercadoria. Quanto maior fosse a vantagem, menor seria o custo da mercadoria e seu valor medido em tempo de trabalho. Estas vantagens podiam ser naturais ou adquiridas. Conforme podemos perceber nos seguintes trechos de Adam Smith:
“Todavia, embora um país pobre, não obstante a inferioridade no cultivo de terras,possa até certo ponto, rivalizar com os países ricos quanto aos baixos preços e à qualidade do trigo, jamais poderá enfrentar a competição no tocante às suas manufaturas; ao menos se essas indústrias atenderem às características do solo, do clima e da situação do país rico.” (SMITH, 1985: 43)
“A divisão do trabalho, na medida em que pode ser introduzida, gera em cada ofício, um aumento proporcional das forças produtivas do trabalho.” (SMITH,