A visita domiciliaria
A visita domiciliária tem o enfoque sobre a Teoria Sistêmica, onde a família é um sistema de relações em que os indivíduos são considerados sistemas por si só, que fazem parte de sistemas mais amplos, como o sociocultural, onde o comportamento de um afeta o comportamento do outro, assim como todo o sistema. A visita domiciliária tem as famílias como unidade central de atenção e elas se destacam por serem capazes de promover ações preventivas, curativas, de promoção e de reabilitação dos indivíduos em seu contexto familiar por permitir uma maior aproximação dos profissionais com a realidade de vida e dinâmica das famílias. Apesar das VDs terem indicadores quantitativos, onde é possível perceber que esta é uma intervenção produzida periodicamente pelos profissionais, fazem-se necessárias análises qualitativas das práticas de saúde e dos processos de trabalho cotidianos na ESF, estando entre eles as VDs, permitindo maior aprofundamento na subjetividade dos atores envolvidos, por meio da relação entre serviço, profissional e família. Sendo possível alcançar uma aproximação e adequação de estratégias que visam à garantia da oferta satisfatória de serviços e produtos para os sujeitos e coletivos. Assim, na saúde pública torna-se importante a identificação da compreensão dos aspectos relacionados à saúde pelos sujeitos. A interpretação adequada das ações em saúde por parte das famílias atendidas no PSF colabora diretamente para melhor eficácia das atividades desenvolvidas nas visitas domiciliárias, seja na promoção e educação em saúde ou na prevenção de doenças e agravos. As concepções das famílias sobre as ações em saúde podem ser compreendidas a partir da Teoria das Representações Sociais (TRS), definida como modalidades de conhecimento prático, orientado para a comunicação e para a compreensão do contexto social, material e ideativo em que