A vida
Editado por sua filha Pinky Wainer, o livro lançado em 1988, oito anos após sua morte, conta com relatos em primeira pessoa retirados de 53 fitas gravadas, no qual cita desde sua infância no bairro do Bom Retiro, em São Paulo, até os momentos vividos em seu jornal “Última Hora”.
O interessante é que o livro não começa de maneira cronológica e sim, com um encontro que o ajudou a se tornar conhecido, sua entrevista com Getúlio Vargas que continha uma manchete altamente polêmica “Eu voltarei como líder das massas”. Além de conseguir o que era praticamente impossível, a entrevista com o Pai dos pobres, o aspirante a jornalista conseguiu sua confiança.
Pouco a pouco a narrativa vai mudando de enfoque. Do Getúlio foi para a história da família Wainer e a partir disso, conseguimos saber informações sobre quem é esse Samuel e como foi a sua iniciação no jornalismo.
Em 1938, cinco anos após começar a frequentar redações, ele fundou com Azevedo Amaral pelos Diários Associados, a revista “Diretrizes”. Foi por meio da mesma que iniciou suas relações com Vargas, assumindo a revista um caráter populista.
Seus conhecimentos jornalísticos então começaram a se aprimorar, suas relações com Vargas eram cada vez melhores recebendo o apelido de “Profeta”. Foi correspondente de guerra, assumiu outras redações e logo se tornou um dos repórteres que mais chamava a atenção do magnata da comunicação Assis Chateubriand.
Entretanto, a verdadeira razão de viver só é encontrada na segunda parte do livro, que é a criação do seu próprio jornal “Última Hora”, que obviamente, apoiava Getúlio Vargas, agora reeleito.
Em seu jornal, Wainer precisou se