a vida urbana
As cidades são produtos de um longo processo histórico e assumiram formas diferentes em sociedades diferentes. As cidades-Estado do escravismo antigo – tal como Atenas e Esparta, na Grécia Antiga, ou Roma, durante o império romano, alguns exemplos desta época histórica – são bastante diferentes das cidades modernas ou dos vilarejos que deram origem a elas. Na sociedade feudal, durante o período medieval, as cidades sofreram um refluxo e a vida rural passou a predominar e ofuscar a vida urbana. A crise do feudalismo e a expansão comercial abriram uma nova época para o florescimento das cidades e o capitalismo, com seu contínuo processo de expansão, criou uma sociedade que muitos qualificam de “urbana”.
Esta sociedade urbana criou um tipo de cidade diferente das formas anteriormente existentes. Isto promoveu uma grande alteração na qualidade de vida e na relação do ser humano com o meio ambiente. A cidade é caracterizada por um intenso e extenso controle do ser humano sobre o meio ambiente (Viana, 2002). No espaço rural, temos um controle ameno sobre o meio ambiente e no espaço urbano um controle rígido. Desta forma, o espaço urbano, a cidade, se distingue do espaço rural, e na sociedade moderna, devido a primazia da produção industrial, a urbanização se tornou um processo rápido, intensivo e cada vez mais ampliado.
A relação entre ser humano e meio ambiente é complexa. O ser humano transforma o meio ambiente e ao fazê-lo, transforma a si mesmo, tal como colocou Marx. Os seres humanos, através da associação, se relacionam com o meio ambiente e o transforma. O geógrafo E. Reclus