A vida intelectual e seus fundamentos
I – Igualdade e perfectibilidade humanas
1 - A perfectibilidade é a possibilidade de se aprimorar (a perfectibilidade humana)
Mesmo que a ideia de perfectibilidade humana já existisse desde os primeiros tempos, com a igualdade a ideia de perfectibilidade humana ganhou novo caráter. O autor compara a capacidade de crescimento num ambiente aristocrático e em outro democrático. No primeiro eles não acreditam mudança completa do homem, mas admitem a melhora, que a condição das sociedades futuras pode ser ,melhor, mas não diferente. Já na democracia existe a ideia de que o homem é indefinidamente perfectível.
2 - As aptidões dos americanos para as ciências, as letras e as artes
As altas ciências fizeram poucos progressos nos Estados Unidos, comparadas com outros povos da época. O autor pondera que, apesar muitos atribuírem isto a um resultado inevitável da igualdade de condições proporcionada pela democracia americana, ele também atribui a outros aspectos concernentes somente ao americano. Onde apenas as religiões os fazem olhar às vezes para o céu. E se normalmente sempre estão em busca da realização material, algumas vezes não estarão tão fechados nesta preocupação material e podem dedicar se aos trabalhos e prazeres da inteligência. E também quando descobrem nas atividades de espírito um mecanismo para adquirir gloria, poder ou riqueza, suas ambições também se voltam para este lado.
3- Espírito prático e desinteresse pela teoria.
O autor sustenta que os americanos tem um espírito prático e não se interessam muito pela teoria. O que seria também um resultado da democracia. Como o autor afirma: “Nada é mais necessário ao cultivo da altas ciências, ou da porção elevada das ciências, do que a meditação, e nada á de menos próprio a meditação do que o interior de uma sociedade democrática.” Porque nelas é muito mais valorizado um resultado, mesmo que imperfeito e aproximado, sem real interesse de constituir um saber de