O FUNDAMENTO DA MORAL – ARTUR SCHOPENHAUER
FACULDADE DE FILOSOFIA E CIÊNCIAS HUMANAS
CURSO DE FILOSOFIA
CARLOS OLIVEIRA DE ARAUJO
SOBRE O FUNDAMENTO DA MORAL – ARTUR SCHOPENHAUER
SALVADOR
2014
SÍNTESE
CRÍTICA
Analisando o texto sobre o fundamento da moral, Shopenhauer faz sua crítica recorrendo à metafísica em busca de explicar que o único ato moral verdadeiro é aquele que se apresenta totalmente destituído de todo e qualquer interesse pessoal por parte de quem o pratica. Para lhe dar um sentido moral é necessário buscar um sentido onde ela não exista: na arte e na compaixão, que, para o filósofo, é sozinha a base de toda justiça e de toda caridade autêntica. Para ele, somente a compaixão é desinteressada, livre do egoísmo, do ímpeto para a existência e bem-estar.
Schopenhauer critica Kant por afirmar que a ação só tem valor moral quando acontece simplesmente por dever, sem qualquer tendência exterior relacionada com ela. O problema, porém, é que uma moral baseada no dever não é desinteressada, pois há por trás dela a promessa de uma sanção, que a torna hipotética e, por isso, não poderia ser fundamentada dessa forma: se o imperativo categórico não funciona sempre, não pode ser absoluto e incondicional. Assim a felicidade não é, para Schopenhauer, consequência da virtude, e sim uma ética que sem pressupostos metafísicos não poderia estar fundamentada sobre o “tu deves”.
Schopenhauer afirma que na vontade deve ser buscado o sentido moral do mundo, enquanto que na ética proposta por Kant temos o pensamento de que o ser íntimo e eterno do homem consistiria na razão. Se o homem tivesse essas leis à priori, como quer Kant, deveríamos supor que ele terá de se conformar com elas e segui-las, pois, caso contrário nada valeriam.
Para Schopenhauer, a motivação moral tem de ser simplesmente algo que se anuncie por si mesmo, portanto, real; e como para o homem só o empírico ou o que porventura é empiricamente existente tem