A Vida Escol Stica
P R O F. ª A N A V A S C O N C E L L O S
• A escola e o colégio que, na Idade Média, eram reservados a um pequeno número de clérigos e misturavam as diferentes idades dentro de um espírito de liberdade de costumes, se tornaram no inicio dos tempos modernos um meio de isolar cada vez mais as crianças durante um período de formação tanto moral como intelectual, de adestrá-las, graças a uma disciplina mais autoritária, e, desse modo, separá-las da sociedade dos adultos.
• É muito raro encontrarmos nos textos medievais referências precisas à idade dos alunos. Quando, a despeito da oposição dos capítulos, as escolas particulares se multiplicaram e ameaçaram o monopólio da escola da catedral, os cônegos, para se defender, tentaram impor limites à atividade de seus concorrentes.
• O elemento psicológico essencial dessa estrutura demográfica era a indiferença pela idade daqueles que a compunham: ao contrário, a preocupação com a idade se tornaria fundamental no século XIX e em nossos dias.
Podemos constatar, entretanto, que os alunos iniciantes geralmente tinham cerca de 10 anos
• Sobre a simultaneidade e a repetição do ensino, não nos surpreenderemos em ver na escola medieval todas as idades confundidas no mesmo auditório.
• A escola não dispunha então de acomodações amplas.
A ESCOLA DE ATENAS, RAFAEL SANZIO
• Em Paris, essas escolas se concentravam numa rua, a Rue du
Fouarre: vicus straminis. Essas escolas, e claro, eram independentes umas das outras. Forrava-se o chão com palha, e os alunos ai se sentavam
MAIS TARDE, A PARTIR DO SÉCULO XIV, PASSOU-SE A USAR BANCOS,
EMBORA ESSA NOVO HÁBITO DE INÍCIO PARECESSE SUSPEITO. ENTÃO,
O MESTRE ESPERAVA PELOS ALUNOS, COMO O COMERCIANTE ESPERA
PELOS FREGUESES. ALGUMAS VEZES, UM MESTRE ROUBAVA OS
ALUNOS DO VIZINHO
• Nessa sala, reuniam-se então meninos e homens de todas as idades, de seis a 20 anos ou mais. "Vi os estudantes na escola, diz Robert de Salisbury no século Xll . Seu número era grande