A verdade como preposição nas instituiçoes - Focault

A verdade como preposição nas instituições
Síntese

O Estado, em sua forma mais primitiva, visava apenas a manutenção e extensão de seu território e riquezas naturais, deixando a vida particular dos súditos em desfoque. Entretanto, atualmente, com o capitalismo, esse plano se reverte; a atenção volta-se para a vida do povo, seja em relação a sua saúde, educação, lazer ou ao consumo. Cada cidadão representa força produtiva, ou seja, é necessário que ele se encontre em boas condições para que atinja sua produtividade máxima. Segundo Foucault, o poder é cada vez menos definido pelo direito de fazer morrer – como ocorria em tempos passados – e sim pelo direito de intervir para fazer viver e na maneira de viver. Assim, a vida dos cidadãos passa a ser influenciada através de “verdades” impostas pelo governo e por entidades detentoras de poder. Essas verdades se encontram sempre atravessadas pelos interesses de quem as formula, impondo assim, um controle discreto sobre a vida particular da população, usando a mídia como ferramenta principal. Dessa forma, as instituições passam a ditar o que consideram saudável aos seus funcionários em função da otimização da produção, criando uma dominação através dos valores morais, que não obriga o individuo a realizar determinadas atitudes, e sim convence-o de que é isso mesmo que ele quer. Chama-se subjetivação o processo onde o sujeito adota os valores do sistema como seus, sem ao menos perceber. Isso acontece através do contato do individuo com diversas instituições ao longo de sua vida, que ao mesmo tempo em que o caracterizam, são caracterizadas por ele. Porém, o processo de subjetivação – que tem como função favorecer o bem estar das pessoas – tem, em muitas linhas de gestão, seu objetivo invertido: a comunidade que deve satisfazer a empresa, mesmo que tenha que comprometer sua qualidade de vida para isso. As empresas precisam reconhecer suas fortes influencias na vida dos sujeitos e favorecer uma autentica