A Turbulenta Ascensão da Aviação Brasileira
Escolas de Aviação Após a Guerra(autor desconhecido), capítulo 6, páginas 436 a 469.
César Leôncio Ribeiro Filho
Na apresentação, o autor mostra claramente as dificuldades e facilidades encontradas pelos idealizadores da aviação de instrução no Brasil num momento em que parte do mundo já formava, com sucesso, seus primeiros aviadores e os enviava a países que ainda estavam em processo de implantação de seus aeroclubes, para que obtivessem experiência com instrução e difundissem a dominação da arte de voar.
Em Escolas de Aviação Após a Guerra são denotadas com riqueza de detalhes os processos a que se submeteram os primeiros aeroclubes ou escolas de aviação do Brasil, uma vez que tanto os aviões quanto o preparo dos instrutores era feita no exterior, o que demandava tempo; algo que, para os órgãos militares, era demasiado longo. A necessidade de possuir uma escola de aviação e mostrar ao mundo que o país tinha a capacidade e estrutura para dar continuidade ao que um filho da terra iniciou não resolveu a dúvida sobre qual departamento, civil ou militar, seria o pioneiro na instrução e atrasou de forma sutil o início das atividades instrutivas pelas terras brasileiras.
Inspirada na Campanha do Contestado e vendo a ideia de voo de instrução se difundir, a Força Militar paranaense adquiriu a intenção de ter um departamento para chamar de seu, que seria o aéreo. Foi feita uma campanha que visava estruturar uma escola de aviação, que quando aceita pelo escalão militar, iniciou sua rápida instalação; mas um detalhe não tinha sido observado: a falta de instrutores, cuja foi sanada com o envio de Higino Perotti e Miguel Balbino Blasi para São Paulo com o intuito de serem preparados instrutores na Escola de Aviação Naval. Enquanto o Higino e Miguel viajavam, os contos de réis no Paraná eram meticulosamente acumulados para a compra do primeiro aeroplano, que findou por ser de procedência civil, um Borel(monoplano,