A transposição da bacia do são francisco
A transposição do Rio São Francisco pretende resolver o problema da seca nas regiões Norte e Nordeste do País.
O projeto não é uma novidade, pois já era discutido na época do Império. A idéia foi retomada durante os governos de Getúlio Vargas (1937-1945) e Fernando Henrique Cardoso (1994-1998), mas a polêmica sobre o projeto continua sem solução até os dias atuais.
Segundo o professor doutor em Geomorfologia da USP (Universidade de São Paulo), Jurandir Luciano Sanches Ross, acredita que a obra é a que abre a possibilidade de dar solução para os problemas da seca na região. “O projeto, do ponto de vista de sua importância e necessidade tem um lado bastante social. Mas não basta apenas fazer as barragens, perenizar os rios e pronto. É necessário investir em infra-estrutura de agricultura de áreas irrigadas, educação para os agricultores. Senão, não resolve”, explicou.
A transposição apresenta um traçado que pretende desviar, por meio de bombeamento, uma parte do fluxo do Rio São Francisco para os Estados do Ceará, Pernambuco, Paraíba e Rio Grande do Norte, em parte da região chamada “Polígono da Seca”.
Contra o projeto apresentam-se os seguintes argumentos: que haveria problemas de falta de água nos locais abastecidos pelo rio depois do desvio para outras regiões. Outra conseqüência também seria a diminuição da potência das cinco usinas hidrelétricas alimentadas pelo São Francisco, que abastecem o Nordeste.
Também há a alegação de que com o projeto, o Rio São Francisco está sofrendo muita degradação e com a sua transposição, muita água seria perdida, se evaporaria durante o trajeto; a pesca seria prejudicada, pois a reprodução dos peixes seria dificultada; a água não chegaria aos mais necessitados, eis que é insuficiente apenas a executação de um novo traçado, ficando a dever a distribuição efetiva aos mais necessitados; há ainda o