A TICA DA OPINI O PROFISSIONAL1

A ÉTICA DA OPINIÃO PROFISSIONAL

Prof. Antônio Lopes de Sá

O Código de Ética Profissional dos Contabilistas, em vigor, estabelece em seu artigo 9º : “A conduta do Contabilista com relação aos colegas, deve ser pautada nos princípios da consideração, apreço e solidariedade, em consonância com os postulados de harmonia da classe”. Sem dúvida, nada mais justo, nada mais correto. Entretanto, o mesmo artigo ressalva : “O espirito de solidariedade não induz e nem justifica a conivência com o erro ou com atos infringentes de normas éticas ou legais que regem o exercício da profissão”. Se fatos demasiadamente evidentes, anunciados e conhecidos de toda gente, apontam para erros técnicos de um profissional, não representa infração à ética, mas, ao contrário, a defesa dela, a manifestação de repudia ao que existe de lesivo ao social. Tal advertência de nosso Código, repousa no fato de que o erro não é defensável sob nenhum aspecto; erro é o que prejudica a terceiros. Se um profissional não se sente habilitado para uma tarefa, se o tempo para executá-la é pouco, se a situação sinaliza para dificuldades que demandam profundidades de exames, dever profissional é o de cumprir o que o artigo 2º do mesmo Código estabelece :”VI - inteirar-se de todas as circunstâncias antes de emitir opinião sobre qualquer caso”. Nenhum profissional pode ser conivente com os que pisoteiam a Ética. O Parecer enganoso conduz a uma falsa idéia e pode levar pessoas a cometerem erros, confiadas no profissional. Esta a razão pela qual o nosso Código de Ética é intransigente com o valor da opinião. Não importam as razões de quem opinou erradamente, nem que anteparos buscou para se proteger em sua ação; as formas não derrotam essências; a evocação de rebuscadas e sofisticadas criatividades normativas não desmancha o erro e nem ressarce o prejuízo dos que foram enganados pela opinião. O mesmo artigo 2º evoca a necessidade da profissão exercer-se com zelo, diligência e honestidade, preservada a