A Terapia Comportamental Tem Sido Descrita Como O Modelo De Efici Ncia
1. INTRODUÇÃO
A Terapia Comportamental tem sido descrita como o modelo de eficiência para o tratamento dos sintomas obsessivo-compulsivos, especialmente com a aplicação da técnica de exposição com prevenção de respostas. O modelo de terapia comportamental individual é o que tem sido mais amplamente investigado, embora se possam encontrar trabalhos que avaliam a eficácia da terapia comportamental em grupo para o TOC.
O sucesso psicoterapêutico demonstrado pela aplicação de técnicas “comportamentais” não deve, no entanto, obscurecer o fato de que o termo Terapia Comportamental abrange uma gama de atividades e de conceitos e não pode ser identificado como um empreendimento único. A denominação Terapia Comportamental deveria ser usada no plural, pois os próprios profissionais que a aplicam, não a avaliam como exemplo de unanimidade, nem conceitual, nem tecnológica. Pelo contrário, há divergências nítidas entre as várias terapias comportamentais e, assim, por exemplo, há mais diferenças do que semelhanças conceituais e de atuação clínica entre as abordagens comportamental e cognitivo comportamental.
As duas abordagens não consolidam uma síntese conceitual e, nem mesmo quando alguém se refere à utilização de técnicas de intervenção, deve-se afirmar que se identificam. Assim, as técnicas de reestruturação cognitiva e de mudança de auto-regras não podem ser igualadas uma à outra, por mais que alguns estudiosos insistam em afirmar as suas similaridades. Permanecem, portanto, dúvidas com relação às diferenças entre o que fazem e como cada qual conceitua o objeto de estudo que lhe é próprio. Espera-se, com este texto, discutir algumas diferenças entre as duas abordagens, partindo da maneira como ambas lidam com o Transtorno Obsessivo-Compulsivo.
No presente trabalho, serão usadas as terminologias: Análise do Comportamento, por ser mais abrangente e adequada, quando se fizer referências a conceitos