A TEORIA JUNGUIANA DA PERSONALIDADE
O primeiro ponto no qual Jung discordou de Freud foi quanto ao papel da sexualidade. Jung ampliou a definição freudiana de libido redefinindo-a como uma energia mais generalizada que incluía sexo, mas não se restringia a ele.
A segunda área importante de discordância diz respeito à direção das forçam que influenciam a personalidade. Enquanto Freud via os seres humanos como prisioneiros ou vítimas do passado, Jung argumentou que somos moldados pelo nosso futuro e passado. Nós somos afetados não só pelo que nos aconteceu quando crianças, mas também pelo que aspiramos fazer no futuro.
O terceiro ponto significativo de divergência gira em torno do inconsciente. Em vez de minimizar o papel do inconsciente, como fizeram outros dissidentes, Jung o enfatizou mais do que Freud. Ele investigou mais profundamente o inconsciente e acrescentou uma nova dimensão: as experiências herdadas da espécie humana e pré-humanas. Embora Freud tenha reconhecido esse aspecto filogenético (a influência das experiências primitivas herdadas), Jung o tornou o centro de seu sistema de personalidade: combinou idéias de histórias, mitologia, antropologia e religião para formar sua imagem da natureza humana.
Libido: é a forma mais ampla e generalizada da energia psíquica. Jung utilizou o termo libido de duas maneiras: primeiro como uma energia de vida difusa e geral e, depois, baseando-se numa perspectiva semelhante à de Freud, como uma energia psíquica mais restrita que alimenta o trabalho da personalidade, que ele chamou de psique. É por meio da energia psíquica que as atividades psicológicas como a percepção, o raciocínio, os sentimentos e os desejos são executados.
Psique: termo utilizado por Jung para definir a personalidade. Quando uma pessoa investe uma grande quantidade de energia psíquica numa determinada idéia ou sensação, diz-se que esta tem um alto valor psíquico e pode influenciar muito a vida da pessoa.