A teoria de marcelo, marmelo, martelo: visões a partir de pressupostos filosóficos da linguagem e de lógica semântica

780 palavras 4 páginas
A TEORIA DE MARCELO, MARMELO, MARTELO:
Visões a partir de pressupostos filosóficos da linguagem e de lógica semântica

Lívia de Souza Leandro¹ liviadesouzaleandro@hotmail.com RESUMO

A partir de questionamentos de cunho filosófico na obra Marcelo, Marmelo, Martelo e outras histórias de Ruth Rocha, discute-se a teoria do personagem principal Marcelo, a de “renomear”, reinventar ou substituir os signos. Analisaremos através de visões da filosofia da linguagem: o pragmatismo e a semântica.

Palavras - chave: Marcelo, signo, filosofia da linguagem, pragmatismo, semântica.

1. INTRODUÇÃO

O objeto de estudo deste trabalho é o livro infantil Marcelo, Marmelo, Martelo e outras histórias de Ruth Rocha e foi delimitado a partir de questionamentos, com o objetivo de serem explicados através de pressupostos da filosofia da linguagem, de cunho pragmático e semântico. Para tal, nos basearemos nas noções de intensão de Heronides Moura, no pragmatismo de William James e, concluindo, uma citação de Danilo Marcondes.

¹ Graduando (a) do 6º período do curso de Letras da Faculdade de Olinda – FOCCA.

Marcelo, Marmelo, Martelo e outras histórias (1999) de Ruth Rocha aborda uma série de estórias infantis, em especial a de Marcelo. Marcelo é um personagem que questiona aos seus pais o porquê de certos nomes de alguns objetos terem sido determinados “erroneamente”, devido à incompatibilidade de suas funções e os nomes a que se referem. Sem resposta, Marcelo resolve “renomear” esses objetos. Então, nos surge também um questionamento: como um menino simplesmente substitui os nomes desses objetos e por quê?
Vejamos um fragmento do livro:
"E Marcelo continuou pensando:
'Pois é, está tudo errado! Bola é bola, porque é redonda. Mas bolo nem sempre é redondo. E por que será que a bola não é a mulher do bolo? E bule? E belo? E bala? Eu acho que as coisas deviam ter nome mais apropriado. Cadeira, por exemplo. Devia chamar sentador, não cadeira, que não quer dizer nada.

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