A taxa de mais-valia (capítulo VII)
1. O grau de exploração da força de trabalho
“O capital C decompõe-se em duas partes, uma soma de dinheiro c despendida com meios de produção, e outra v, despendida com força de trabalho; c representa a parte do valor transformada em capital constante e v a parte que se transformou em capital variável.”
“Como o valor dos elementos de produção é igual o valor do capital adiantado, é de fato uma tautologia dizer que o excedente do valor do produto sobre o valor de seus elementos de produção é igual à valorização do capital adiantado ou igual à mais-valia produzida.”
“[...] Vimos, porém, que a parte do capital constante aplicado que consiste em meios de trabalho transfere ao produto apenas uma porção de seu valor, enquanto a outra porção persiste em sua antiga forma de existência. Como esta última não desempenha nenhum papel na formação do valor, deve-se aqui abstraí-la. Sua inclusão nos cálculos nada alteraria.”
“[...] Sabe-se que o valor do capital constante apenas reaparece no produto. O produto de valorrealmente criado no processo distingue-se, portanto, do valor do produto obtido nele.” “[...] A análise pura do processo exige, portanto, a abstração total da parte do valor do produto em que apenas reaparece o valor do capital constante, isto é, supõe-se o capital constante c = 0 e aplica-se uma lei da Matemática, pela qual opera-se com grandezas variáveis e constantes, e a grandeza constante só esteja ligada por adição ou subtração à variável.”
“[...] Para valorizar parte do capital mediante sua conversão em força de trabalho, a outra parte do capital tem que ser transformada em meios de produção. Para que o capital variável funcione, capital constante em proporções adequadas, segundo o caráter técnico determinado do processo de trabalho, tem que ser adiantado.”
“[...] Na medida em que a criação de valor e a mudança de valor são encaradas em si mesmas, isto é,