A solução está no design. O termo crise económica surge pela primeira vez pela mão de Karl Marx, e refere-se a um período de transição entre uma fase de crescimento e uma fase de recessão, ou de depressão económica. Por sua vez o termo crise financeira é aplicado para nos referirmos a situações em que instituições ou actividades financeiras se desvalorizam repentinamente, o que pode ter origem em operações bancárias e/ou, na desvalorização da moeda. Lamentavelmente, constatamos que na cultura contemporânea, no quadro referente às transacções financeiras não expressa a criação de riqueza, muito pelo contrário, é um estandarte do desequilíbrio entre o mercado financeiro juntamente com o comércio e a produção económica mundial, que prestam reforço ao fenómeno da esmagadora riqueza de poucos cimentando a pobreza da maioria restante. Uma injustiça perturbante que resulta na contradição da cultura mercantil que defende a democratização do supérfluo por mecanismos reguladores da equidade. Esta politica de utilitarismo económico, considerada um dos pilares fundamentais do neoclassicismo, surge em meados do século XIX, e perdura até aos nossos dias como símbolo do neo-liberalismo económico. Defensora do individualismo e do tempo presente em detrimento da comunidade e do seu futuro, resulta numa sociedade consumista e alienada das necessidades das futuras gerações. Assistimos a uma corrida gananciosa pelo crescimento baseado pela obtenção de lucros através da transacção de bens, produto do reducionismo económico impulsionado pela acumulação de capital à escala mundial, que choca com o presente obstáculo que é a crise económica e financeira, criando um sistema manifestamente em estado de ruptura com consequência à escala global. Assim, a globalização com que nos deparamos, resulta da vulnerabilidade, tanto dos mercados financeiros, como das forças políticas correlacionadas que, por incumprimento das hipotecas, levou à falência das instituições financeiras mundiais,