A sociedade civil e as políticas de saúde no brasil dos anos 80 até a primeira década do séc xxi
A partir da vinda do modelo capitalista, e da divisão de trabalho, as pessoas foram aproximando-se em grupos que buscam um interesse em comum devido à força produtiva. Essa dinâmica acaba impulsionando as pessoas a organizassem em grupos empenhados pela defesa de seus interesses. A partir daí surgem então os movimentos sociais, que são agrupamentos de pessoas que agem organizadamente em busca de ideais em comum. Os movimentos sociais podem existir em várias classes e grupos de interesse, buscando variados objetivos, de acordo com os ideais daquele grupo.
Vários movimentos sociais das diversas classes surgem, e entre elas o Movimento Sanitarista, que atua intensamente nos anos 80 em oposição ao regime ditatorial, assim como em busca de um projeto que garantisse que a saúde deveria ser direito de todos e dever do estado.
Em 1986 acontece então a VIII Conferência Nacional de Saúde, que estabelece princípios e diretrizes para uma reforma sanitária, definindo saúde como resultado de melhores condições em vários aspectos da vida do cidadão. A preocupação agora era em como implementar um serviço de saúde que garantisse esse novo conceito e como financiar essa proposta.
Foi criada a partir daí uma Comissão Nacional para a Reforma Sanitária (CNRS) a fim de pensar a estruturação desse projeto, que propõe então a criação de um sistema de seguridade social, que incluísse a saúde a assistência e a previdência, abrangendo assim o modelo de bem estar social em que se inspirava.
Após muitos debates e entraves, com pequenas alterações no texto proposto originalmente, é aprovado um sistema universal de saúde, gratuito e de qualidade para todos os brasileiros. Esse sistema (SUS) funcionaria de forma descentralizada, onde o governo federal fica obrigado a dispor parte de seu orçamento à saúde, repassando essa verba às secretarias estaduais e municipais de saúde através do